RECORDE HISTÓRICO: Com mudanças no IOF, governo arrecada 226,7 bilhões em novembro

*Imagem gerada por inteligência artificial

A arrecadação do governo federal bateu recorde em novembro ao somar R$ 226,7 bilhões, informou a Receita Federal nesta segunda-feira (22). O valor representa um crescimento real de 3,75% em relação ao mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação, e é o maior já registrado para o período.

O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Após mudanças na legislação anunciadas em maio, o imposto arrecadou R$ 8,6 bilhões em novembro, com alta real de 39,45% na comparação anual.

Segundo a Receita, o avanço do IOF está ligado às operações de saída de moeda estrangeira e ao crescimento do crédito concedido a pessoas jurídicas, ambos influenciados pelas alterações recentes nas regras do imposto.

A arrecadação também foi beneficiada pela taxação das apostas esportivas, incluindo as loterias, que gerou R$ 850 milhões no mês. Além disso, a elevada taxa de juros contribuiu para o aumento do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras e dos juros sobre capital próprio pagos pelas empresas.

No acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação federal somou R$ 2,6 trilhões, o maior valor da série histórica para o período. Em termos reais, o crescimento foi de 3,25% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

O desempenho do ano também foi influenciado pelo aumento da arrecadação dos tributos sobre o comércio exterior, favorecido pela alta do câmbio e pela elevação das alíquotas médias desses impostos.

Em novembro, as receitas administradas pela Receita Federal totalizaram R$ 214,4 bilhões, com alta real de 1,06%. Já as receitas administradas por outros órgãos alcançaram R$ 12,4 bilhões, crescimento real de 93,1%, influenciado por um depósito judicial ligado ao setor de petróleo.

O resultado recorde fortalece a estratégia do governo para cumprir a meta fiscal de 2025, que prevê zerar o déficit das contas públicas. Para 2026, a meta é ainda mais ambiciosa, com previsão de superávit primário.

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